Logística

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A Logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Cabotagem o que pode favorecer o Brasil?

EUA RECUSA SUCO DE LARANJA BRASILEIRO

A FDA (a “Anvisa” dos Estados Unidos), agência que fiscaliza alimentos e medicamentos americanos, encontrou a substância Carbendazim, usada para combater o fungo que destrói a flor da laranja, nos carregamentos de suco de laranja do Brasil.

Essa substância é proibida nos EUA, mas permitida na União Europeia e no Brasil. O suco brasileiro representa quase metade do que é consumido nos EUA.

A Associação Nacional (do Brasil) dos Exportadores de Sucos Cítricos divulgou nota onde diz que o suco brasileiro está no mercado internacional há 40 anos, e que o setor nunca passou por questionamentos sobre a qualidade do produto.

Segundo estudos, o fungicida Carbendazim causa infertilidade e destrói os testículos de animais em laboratório. Recentemente, a Agência Química Sueca propôs o banimento de seu uso como biocida, mas o Brasil ainda aprova a sua utilização.

E quanto à proibição das vendas os sucos de aloe vera aqui no Brasil pela Anvisa? O que foi mesmo que a Anvisa descobriu contra a aloe vera? Que eu me lembre, nada, com exceção da falta de documentos burocráticos.

Sinceramente, não sei se estou ingerindo fungicida ao beber suco de laranja aqui no Brasil, seja industrializado ou não.
 
 

Novas barreiras podem remeter à queda de exportação à Argentina

Porto Alegre - Com a entrada em vigor ontem de mais barreiras burocráticas às importações da Argentina, deve se agravar a situação das indústrias brasileiras que têm este mercado como principal comprador. No Rio Grande do Sul, cerca de 40% das empresas registraram prejuízos acima de R$ 1 milhão, sendo que para 8,3% delas os danos foram superiores a R$ 10 milhões em 2011.
A constatação está no estudo Impacto das Barreiras Argentinas, realizado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) com uma centena de exportadoras de 15 dos principais setores do Estado, entre 13 e 30 de janeiro. “Embora a balança comercial do Brasil com a Argentina tenha sido superavitária em US$ 5,8 bilhões no ano passado, o fluxo de comércio do Rio Grande do Sul com aquele país apresentou um déficit de US$ 2 bilhões”, alertou o presidente da entidade, Heitor José Müller.
Políticas protecionistas
Desde ontem, a Argentina está exigindo informações prévias sobre todas as importações de bens de consumo realizadas para o país. Isso significa que os compradores argentinos precisam de autorização do governo para tudo que desejam adquirir do exterior, por meio da Declaração Jurada Antecipada de Importação (DJAI), que o governo Cristina Kirchner promete autorizar em 10 dias.
Os importadores também terão que apresentar a DJAI ao Banco Central para realizar pagamentos em dólares aos fornecedores externos. A regra estabelece que o importador poderá comprar dólares para fazer seus compromissos com uma antecipação de até cinco dias ao vencimento. Antes dessa nova medida do BC argentino, não havia um prazo determinado e o operador tinha apenas que apresentar a ordem de compra.
Paralelamente às duas exigências, os importadores terão também que enviar, pelo correio eletrônico, uma “nota de pedido” à Secretaria de Comércio Interior, informando detalhes da compra desejada, como tipo, volume e valor. Os empresários acreditam que esse será o maior entrave para importações.
Planalto vai avaliar os impactos
A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, disse ontem que o governo vai esperar os primeiros dias de funcionamento do novo mecanismo, de pré-licença, para avaliar os impactos, antes de tomar qualquer medida. “Também queremos ver o impacto que irá causar às exportações brasileiras”, disse. A secretária garantiu que há um “contato permanente” entre o governo brasileiro, o setor privado e o governo argentino. “Ainda não recebemos informações precisas de como se dará esse processo, o foco setorial ou não e o prazo que (a Argentina) pretende utilizar.”
Balança
Apesar da intensificação das barreiras, as exportações gaúchas para a Argentina cresceram 17,5%, enquanto que as importações aumentaram 14% no ano passado. Os setores de Móveis, Máquinas e Aparelhos Elétricos e Combustíveis tiveram queda no nível de exportações para o país vizinho em relação a 2010.

Fonte: http://www.jornalnh.com.br/no-rs/371163/novas-barreiras-podem-remeter-a-queda-de-exportacao-a-argentina.html

Janeiro mostra queda das exportações de básicos

O déficit de US$ 1,291 bilhão da balança comercial em janeiro não é nada alarmante, mas recomenda muita atenção para uma possível deterioração do comércio externo.

O principal fato é que as exportações caíram 27% pela média por dia útil, e as importações, apenas 4% - em relação ao mês anterior. O problema situou-se essencialmente nas vendas, e dois fatores importantes afetaram as exportações: a queda do preço das commodities (que já havia começado dois meses atrás) e a retração nos países da União Europeia, que se agravou.

O minério de ferro é incontestavelmente a commodity que vem dominando nosso comércio com o exterior e acusou, em janeiro, uma queda de preços de 13,2%. Essa redução só foi parcialmente compensada pelo aumento de 28% das vendas de petróleo bruto, cujo volume foi sensivelmente igual ao de dezembro, enquanto o do minério de ferro caía 23,7%. As importações recuaram pela terceira vez consecutiva, e não se sabe se foram substituídas por produtos nacionais.

A distribuição das exportações por blocos econômicos apresenta uma mudança importante: a União Europeia continua sendo o melhor cliente do Brasil, mas, em relação ao mês anterior, acusou queda de 38,8%. Os EUA ultrapassaram a China como cliente do Brasil, pois o país asiático reduziu em 50,6% suas compras no Brasil, o que mostra que não podemos depender demais de um país que, comprando minério de ferro, pode acusar tamanha diferença de um mês para outro. As exportações para a Argentina diminuíram 19,1% em relação a dezembro, isso antes da vigência das novas normas protecionistas desse país.

O Banco Central previu a deterioração do comércio exterior do Brasil. Isso não nos impede de buscar melhorar as atuais perspectivas procurando aumentar o valor adicionado dos produtos oferecidos à exportação introduzindo neles maior conteúdo tecnológico - o que exige maiores investimentos em pesquisa para inovação.

O esforço maior deve se dirigir para a substituição de importações. E isso não deve ser buscado por meio de um aumento do protecionismo, como a Argentina faz atabalhoadamente, mas por investimentos para produzir a um custo menor e com melhora de qualidade da produção.

Isso implica uma reformulação de política industrial, com o concurso do governo agindo no custo do crédito; nos incentivos para pesquisa; na política externa de conquista de novos mercados; e nos acordos bilaterais. Cabe à indústria, que perdeu posição na formação do PIB, sugerir medidas que facilitem sair desse corner.

Fonte: http://m.estadao.com.br/noticias/impresso,janeiro-mostra-queda-das-exportacoes-de-basicos,830838.htm