Logística

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A Logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Multimodalidade - Cabotagem

Multimodalidade

No cenário nacional da cabotagem, a Aliança detém atualmente mais de 50% do mercado, que ao todo envolve 18 navios em atuação, sendo 10 deles da armadora, que tem como concorrentes na cabotagem, a Log In Logística Intermodal e a Norsul Navegação.

Ao perceber o potencial no segmento de cabotagem (navegação costeira), a líder no transporte de contêineres no Brasil, a Aliança Navegação e Logística, braço da alemã Hamburg Sud, ambas do grupo Oetker, anuncia novos investimentos em frota, ao crer que desta vez saiam do papel os investimentos previstos para os portos brasileiros. A empresa fechou o ano passado com um faturamento de R$ 2,2 bilhões, e projeta incremento de 11%, nos negócios deste ano. As operações brasileiras do grupo no Brasil cresceram 9% no ano passado em relação ao ano anterior, sendo 6% nas exportações e 13% nas importações.

De acordo com Julian Thomaz, diretor superintendente da Aliança e diretor da Hamburg Sud no Brasil, um dos principais responsáveis pelo crescimento do ano passado, foram os navios graneleiros, devido ao boom mundial e à alta dos fertilizantes, mas ele vê na cabotagem boas perspectivas de ampliação. "Projetamos 5% de aumento na cabotagem este ano, mas acreditamos que o cenário brasileiro tem condições de crescer na casa dos 10% os próximos anos", diz.

CONCORRÊNCIA - No cenário nacional da cabotagem, a Aliança detém atualmente mais de 50% do mercado, que ao todo envolve 18 navios em atuação, sendo 10 deles da armadora, que tem como concorrentes na cabotagem, a Log In Logística Intermodal e a Norsul Navegação.

"Não temos dúvida de que a cabotagem seja a solução mais lógica para o transporte de cargas num País com mais de 15 portos, e 80% da população vivendo a até 200 km do litoral. Por isso, defendemos melhorias permanentes na infra-estrutura portuária do Brasil, como forma de intensificar o serviço, que se destaca pela segurança, pontualidade e custo competitivo", declarou José Antônio Balau, diretor da Aliança.

A Aliança utiliza hoje me dia no Brasil uma frota de 30 navios, 12 para rotas de longo curso, direcionadas a exportação e importação, nove graneleiros e o restante na cabotagem, onde retomou desde 1998 o transporte, com dois navios, e hoje, investe além do transporte por navegação, na movimentação porta-a-porta ao coletar as mercadorias nos clientes e a distribuição a partir do porto.

Balau explica que para a atividade não há a necessidade de importação de navios e revela que existem quatro unidades em negociação para serem construídos por estaleiros brasileiros. Além disso, o executivo levanta como vantagem o valor do frete, que, para percursos além de mil quilômetros, pode ficar até 10% mais barato do que no transporte por rodovia, além de prazos de entrega equiparados.

De acordo com o executivo, hoje são movimentados cerca de 450 mil contêineres, que foram migrados do modal rodoviário para o marítimo; em 1999, o movimento era de apenas 20 mil unidades. Mas ele coloca que a consolidação do setor depende também da desburocratização dos desembarques nos portos, além do alto preço praticado nos combustíveis, já que o custo para navios nacionais é 37% maior do que para navios que operam rota internacional.

Hoje, a Aliança opera em 15 portos - entre eles, no Mercosul, o de Buenos Aires e o de Montevidéu. No sul do Brasil, Rio Grande, Paranaguá e Itajaí. Na Região Sudeste, a armadora passa por Santos e Vitória - além de Fortaleza e Recife, no Nordeste, e, no Norte, o de Manaus.

FINANCIAMENTO - Prova da aposta no setor, a principal concorrente da Aliança no Brasil, a Log-In terá financiamento de R$ 630 milhões, para a construção de cinco navios, entre eles, uma unidade já começa a ser construída pelo estaleiro EISA, do Rio de Janeiro. Para o diretor presidente da Log-In, Mauro Oliveira Dias, em entrevista ao DCI, o transporte marítimo começa a entrar em nova fase no País e, hoje, o importante é que a limitação do crescimento do transporte de contêineres de cabotagem não está mais associado à oferta, mas à demanda.

"Havendo demanda, temos condições de trazer mais capacidade. É o grande marco dos projetos de investimento da Log-In", diz. Em 2008, a Log-In prevê aumentar em 75% sua capacidade de transporte, investindo na substituição do modal rodoviário pelo marítimo.

Atualmente, segundo Dias, o Brasil tem 71% das cargas transportadas por rodovias e apenas 19% do total pelo modal aquaviário. Ao se analisar o transporte na costa brasileira, apenas 18% das cargas transacionadas na região utiliza a cabotagem, enquanto 82% das cargas são embarcadas em caminhões. Dias evita fazer projeções sobre a demanda pela navegação de cabotagem, mas lembra de que a frota das companhias brasileiras aumentou em conjunto 47,2% ao ano, em média, desde 1999. Parte do plano de incremento da empresa, que prevê até 2010 aumentar sua presença em 500% no setor de transporte, é descobrir novos mercados.
  

 Fonte: Por Assessoria de imprensa do Porto de Santos

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