Logística

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A Logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Solução para as rodovias

A concentração da logística de transporte de cargas no sistema rodoviário, amadurecida nas décadas de 50 e 60, permitiu a construção de uma malha viária com mais de 50 mil quilômetros de estradas, facilitando a entrega de mercadorias porta a porta. Em contrapartida, vinculou este sistema a padrões de custos elevados com o deslocamento das cargas e com a manutenção e conservação das rodovias. O valor do frete se reflete automaticamente na comercialização dos produtos.

Como a desativação paulatina das estradas de ferro e o esquecimento, por longos anos, do transporte marítimo, o País se tornou, de fato, refém das rodovias. Nos últimos tempos, começaram a surgir iniciativas pontuais para demonstrar as vantagens de outras alternativas de movimentação de cargas num território de dimensões continentais, especialmente pelo valor do frete pago e o elevado volume transportado quando comparado com a capacidade de uma carreta.

A preferência da rodovia tem a seu favor o fato de haver possibilitado a integração econômica das diversas regiões geográficas, eliminando o isolamento secular. Como os trens e os portos levarão muito tempo para retomar as posições de outrora, as estradas de rodagem continuarão, ainda, a dominar no vaivém de mercadorias. Concorrerá para tanto o centralismo da produção industrial do Sudeste.

No Ceará, a expansão das rodovias federais permitiu, de fato, o acesso a todas as regiões interioranas, diretamente ou com a integração possibilitada pelas rodovias estaduais. Os dez troncos rodoviários do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) cortam o Estado em todos os quadrantes. Mas apenas quatro deles cumprem seu papel estratégico. Os seis restantes estão arrolados entre as obras civis inacabadas, apesar da utilização de alguns trechos das vias.

Consolidaram-se como estradas permanentes as BRs 020, 116, 222 e 304, muito embora a baixa qualidade das obras exija sua recomposição permanente. As BRs restantes, 122, 226, 320, 402, 403 e 404 não cumprem, ainda, sua finalidade. Elas procedem do Nordeste, mergulham em áreas como o Vale do Jaguaribe, a Zona Norte, o Centro-Sul, o Sertão Central e os Inhamuns, prolongando-se para outros Estados.

Diante do grave quadro de trafegabilidade das rodovias federais, a bancada cearense na Câmara dos Deputados, afinal, acordou para uma iniciativa há muito reclamada pelos usuários, transportadores e pelos que delas dependem para a circulação de suas mercadorias: uma audiência com o ministro dos Transportes e a direção do Departamento. Os parlamentares detalharam as dificuldades de uso das estradas e os desgastes pela qualidade duvidosa das obras contratadas.

O ministro Alfredo Nascimento, estarrecido com a exposição dos parlamentares, prometeu intervir no Dnit regional e anunciou a liberação de R$ 280 milhões para recuperar as BRs 116, 020 e 222, mas vai centralizar, em Brasília, as licitações para as próximas obras. Segundo o ministro, os problemas existentes não resultam da falta de recursos, mas de gestão. Para os usuários das estradas federais, o essencial será a normalização, o quanto antes, do tráfego com segurança.

Fonte: http://www.viracopos.com.br/noticias/logistica/solucao-para-as-rodovias

Um comentário:

  1. No Brasil estamos vivenciando a situação precaria das estradas federais e estaduais. Os "lideres" precisam tomar uma providencia, todos que circulam por todas as: BRs 116, 020 e 222, em momentos pagam pedagio! Isto tem que ser resolvido já que nosso país é muito dependente do modal rodoviario.

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